segunda-feira, 24 de março de 2014

A História de Alba capítulo 4

Alba, Czeh e Set andaram muito, sem parar. Eles estavam exaustos, famintos e mortos de sede. Já estavam dois dias andando.
Set: Estou exausto.
Czeh: Não consigo dar mais nem um passo.
Alba: Vamos descansar hm... Acho que... Ei olhem ali! Parece que tem algumas aves sobrevoando! E onde há aves... Há comida!
Czeh: Estou faminto, vamos logo.
Os jovens correram bem rápido, haviam alguns urubus bicando alguma coisa.
Alba: Vamos ver o que é isso!
Alba pulou em cima dos urubus, que não queriam sair de lá, então ela deu patadas e chutes neles, ela era jovem, mas muito forte e esperta, devido aos treinamentos que sua mãe lhe deu, lhe ensinando tudo o que ela sabia. Czeh também pulou nos urubus. Os urubus voaram pra longe em alguns minutos, enquanto Alba e Czeh riam dos urubus.
Set: Ei gente, melhor vocês olharem ali!
Tinha uma leoa caída no chão, desacordada. Era ela que os urubus bicavam.
Alba: Ei! Ei! Ei! Ei! Acorde! Ei! Acorda logo!
Alba cutucava a leoa, até que ela acordou.
Leoa: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Set: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Czeh: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Alba: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Czeh: Set seu desgraçado você quase nos mata do coração!
Alba: Calma Czeh! Ei, você! Você está bem?
Leoa: Uh... Eu acho que sim... Estou faminta...
Czeh: Nós também.
Set: O que vamos fazer?
Alba: Talvez ela possa vir conosco!
Czeh: Definitivamente NÃO! Já não temos comida e água para nós, e agora vamos acolher mais uma e ter que cuidar de mais uma?! NÃO!
Set: O que é isso, Czeh... Veja pelo lado bom...
Czeh: Isso definitivamente não tem um lado bom!
Alba: Calma... Ei, qual seu nome?
A leoa se levantava.
Leoa: Meu nome é Harsha.
Set: Um belo nome!
Harsha: E quem são vocês?
Alba: Eu sou Alba, esse é o Set, e esse é o Czeh. Não ligue pra algumas coisas que o Czeh diz, ele é pessimista em algumas situações
Set: Por exemplo: TODAS!
Czeh: O quê?!
Set: Huh!
Harsha: O que fazem aqui?
Set: Nós fugimos do nosso território, em busca de liberdade e independência!
Alba: Minha mãe era muito controladora.
Czeh: Nós não. Alba fugiu, e Set decidiu que devíamos segui-la.
Harsha: Como é o nome da sua mãe?
Alba: Asha.
Harsha ficou pálida, parecia que ela tinha visto um fantasma.
Alba: Ei! Ei! EI! Tudo bem?
Harsha: Por acaso ela é uma leoa albina de olhos vermelhos?
Alba: Sim!
Harsha continuava pálida.
Harsha: Eh... Eh... Vamos embora daqui logo...
Alba: Tudo bem! Vamos lá pessoal!
No caminho Alba e Harsha foram conversando. Harsha estava vacilante no começo, mas logo elas se tornaram amigas.
Logo, por um milagre, os jovens encontraram uma carcaça bem grande na beira de um riacho. Parecia uma miragem.
Czeh: Oh meu Deus, isso é mesmo real?
Set: Não sei se isso é carne ou é mais areia, só sei que se for areia, estou com tanta fome que a comeria!
Set foi o primeiro a pular na carcaça, e era mesmo carne; ele se lambuzou todo, comia feito um louco, logo Alba, Harsha e Czeh também comiam, eles roeram até os ossos, depois beberam bastante água. Sorte.
Logo a noite caiu, e eles tiveram que dormir debaixo de uma árvore, rodeados por algumas plantas. Estava frio, e era melhor que nada.

A História de Alba capítulo 3

Mais tarde...
Set: Ei Czeh, vamos encontrar a Alba?
Czeh: Pra quê?
Set: Pra irmos com ela!
Czeh: Ela escolheu ir embora desse território, aqui temos tudo o que precisamos; comida, água, abrigo e segurança, já que o grupo de elefantes fica constantemente perto daqui, e só sendo muito idiota pra mexer com um elefante, então os inimigos não vem aqui... Ela é burra de fugir!
Set: Mas ela é nossa amiga, não podemos deixá-la a mercê do destino!
Czeh pensou um pouco.
Czeh: E o quê está esperando, Set? Vamos correr para alcançá-la logo!
Set: É assim que se fala, amigo!
Os dois correram o mais rápido que puderam, e alcançaram Alba em alguns minutos.
Alba: Oi? O que vocês dois fazem aqui? Deveriam estar no território!
Czeh: Pois é né, não somos os únicos aqui que deveriam estar no território, não é dona Alba?!
Alba: Mas por que vocês vieram?
Set: Por que somos seus amigos e vamos ir com você na sua jornada!
Czeh: É isso aí.
Alba sorriu.
Set: O que vamos fazer agora?
Czeh: Não faço a menor ideia. Estamos ferrados.
Alba: Que é isso, gente. Nós somos... Nós! E isso nos faz fortes!
Czeh: Tem razão!
Set: Somos incríveis!
Alba: Incrivelmente incríveis! E vamos nos dar bem nessa!
Eles primeiro foram caçar e achar alguma lagoa pra beber água, mas tinham que ir mais pra longe logo, pois Asha iria encontrar Alba se eles continuassem ali.
Alba: Gente, temos que ir embora dos arredores logo, minha mãe vai vir me procurar e ela logo vai achar se continuarmos aqui!
Set: E pra onde vamos?
Czeh: Set, tente voar bem alto e ver o melhor lado pra irmos.
Alba: Boa ideia! Boa sorte, Set!
Set: Ah eu logo vou achar! Modéstia a parte, mas sou muito bom nisso!
Set voou por algum tempo, mas não viu nada.
Set: Eu não encontrei nada...
Czeh: Vamos ir de qualquer jeito, aqui é que não podemos ficar!
Alba: Vamos lá!
Então os jovens começaram a sua jornada, à mercê da sorte, uma verdadeira aventura, repleta de perigos, extremamente mortal para jovens inexperientes como eles, mas eles tinham algo que podia os levar além: a sua esperança!

sexta-feira, 21 de março de 2014

A História de Alba capítulo 2

 Alguns meses se passam, e a rotina é enjoativa. Todos os dias brincar com os mesmos gravetos e folhas, proibida de sair da caverna. Isso é entediante.
Alba: Ah, eu não aguento mais isso!
Abutre: Isso o que?
Alba: Ficar aqui o dia inteiro, é muito entediante!
Abutre: Eu aconselho você a... fugir!
Alba: Fugir? Mas...
Abutre: Sua mãe te prende aqui, você quer passar a vida inteira numa caverna ou sair e viver aventuras, viver de verdade?
Alba: Viver de verdade...?
Abutre: Sim, vivendo nômade, cuidando de si mesma, sem preocupações ou responsabilidades, perigo em todo lugar, aventuras sem fim, muita diversão!
Alba: Uau, isso parece incrível! Será que posso tentar?
Abutre: Não só pode como deve!
Alba: Mas eu sou só um filhote!
Abutre: Não subestime a si mesma, Alba. Você já tem quase dois anos, é bem grandinha. E tem um brilho incrível na sua aura, que pode te levar a todos os lugares que quiser!
Alba: Um brilho?
Abutre: Sim! Sua aura reluz como ouro, e talvez até mais! É intensa, vívida, exuberante. É tudo o que você precisa para se manter feliz, mesmo sozinha!
Alba: Então acho que eu devo tentar. Obrigada, Set.
Alba começou a correr, com o vento, rumo ao desconhecido; aventura lá vamos nós!
(OBS: Eu decidi que Alba não vai mais ter o branco nos dedos)
Algumas horas depois, Asha descobriu que Alba havia fugido. Ela estava furiosa.
Asha: Seu maldito abutre, desgraçado! Você sabe que jovens são rebeldes e gostam de aprontar, e ainda fica enchendo a cabeça da MINHA FILHA com pensamentos assim?! SEU ABUTRE MALDITO FILHO DE UMA...
Abutre: Ei, olhe a boca!
Asha: Minha boca está bem aqui, e ela está pronta pra abrir você em dois! Dentes afiados e garras prontas, lembra-se?
Asha mostrava os dentes e colocou a garra na garganta do abutre.
Abutre: *gulp!* Desculpe senhora, é-é que n-não foi p-por querer s-sabe?
Asha: Eu vou procurar a minha filha, e quando eu voltar, acho bom você ter uma ótima desculpa pra eu não te matar!
Abutre: S-Sim s-senhora!
Czeh: Ah que ditadura que ela tem sobre vocês abutres.
Abutre: Saia daqui Czeh!
Czeh: Até mais, Set.


--

Gostaram do episódio? Desculpem pela demora, mas finalmente está aqui!

Sim, o abutre se chama Set. Eu resolvi nomeá-lo pois realmente gostei dele, gostaria que tivesse um nome. Set é atrapalhado, medroso, curioso e sempre acaba se metendo em algum tipo de confusão.

Czeh é um lobo da etiópia. O nome "Czeh" é uma variação da palavra "Czech" que significa tcheco, o natural da tchecoslováquia. Não faço a mínima ideia do por quê botei esse nome no Czeh, apenas gostei de como soou. Czeh é de certa forma frio, realista, narcisista, irônico, mas ele não é tão mal assim. No fundo, ele tem um coração de ouro, e sempre irá socorrer um amigo quando precisar. Czeh é difícil de conquistar, mas quando você ganha sua confiança, ele será leal para sempre.

Set, Czeh e Alba são grandes amigos. E vocês ainda vão ver muito mais nessa história.

quarta-feira, 5 de março de 2014

A História de Alba capítulo 1

Um robusto javali bebia água em um riacho, cercado de mato bem alto. Ele ouve alguns barulhos, mas tem certeza que não é nada importante, e continua a beber água. Algo pula nele e o ataca, logo o mata, mal dá tempo de fugir.
Asha: Alba, onde você se meteu?! Saia agora!
Asha ouve algumas risadinhas.
Asha: ALBA SAIA AGORA!
Alba: Ah mamãe, eu não posso nem brincar com você!
Asha: Não, não pode, agora coma, aproveite que hoje tem almoço.
Asha joga o javali na frente de Alba.
Alba: O que é isso?
Asha: Um javali. Nós leões comemos animais como ele.
Alba: E onde conseguiu isso?
Asha: Caçando. Armar o bote, e matá-lo.
Alba: Matar? Isso quer dizer que ele morre?
Asha: Sim. Pode parecer cruel, mas é necessário. Se não matarmos os mais fracos, não vamos ter forças para sobreviver e lutar com os mais fortes.
Alba: Mas por que?
Asha: Chega de perguntas. Coma logo antes que apodreça.
Alba comeu um pouco, e logo já estava cheia, apesar de tudo ela era só um filhote e só um pouco de comida já cessava sua fome. Asha comeu o resto.
Asha era uma ótima mãe, ela não jogava seu "mal venenoso" e seus ensinamentos de vingança para sua filha, sequer contava sua história. Ela achava que a filha não deveria ser como ela.

Mais tarde...
Alba e Asha estavam juntas, observando o por do sol, em sua caverna, que era bem pequena.
Alba: Mamãe, cadê o meu pai?
Asha: Que história é essa?
Alba: Os abutres... Eles me contaram que todo mundo tem um pai. Então onde está o meu?
Asha: Malditos abutres.
Alba: Hein?
Asha: Esqueça isso, você sabe que esses abutres só falam besteira.
Alba: Tudo bem.
Alba abaixou a cabeça e ficou quieta.
Asha ficou olhando para Alba sem saber o que dizer. Então ela olhou para os vagalumes.
Asha: Ele morreu antes de você nascer. - Ela suspirou.
Alba: E como ele era?
Asha: Ele era forte, corajoso... Engraçado, protetor, e...
Alba: Como ele se parecia?
Asha: Ele era quase igual a você.
Alba sorriu. Asha também sorriu.
Alba: E suas histórias, mãe? Eu gosto de ouvir histórias, você nunca me conta as suas?
Asha: Outro papo de abutre, não é? Se eles falarem mais alguma coisa eu vou cortar suas gargantas e pendurá-los pelo corte nos galhos de árvore!
Alba: Mãe, eles só falaram sobre histórias!
Asha: Não, eu não vou contá-las. Vá dormir.
Alba foi dormir num canto escuro, sozinha.